terça-feira, 27 de dezembro de 2011

No Amanhecer - Capítulo 6

  Acordamos cedo. Dormi muito bem, o único incômodo eram as feridas. Saí de casa, o céu estava limpo, o vento soprava forte, mas mesmo assim o calor emanava do sol. Victor já estava  montado no Grifo, Annabelle regava suas plantas, fui até ela.
-Essas flores são lindas. -Elogiei.
-Minha mãe adorava flores. Por isso continuo plantando, faz-me lembrar dela.
Victor nos chamou e montamos no Grifo. Ele alçou voo, era magnífico voar em algo que não fosse um avião. A vista era excelente, podíamos ver os lagos, várias casas e até alguns animais. Eu não sabia quanto tempo levaríamos para chegar a Cidade Universo.
-Vamos levar um dia. -Disse Annabelle como se lesse meus pensamentos.
-Existe alguma chance de algo nos atacar? -Perguntei, temendo pela resposta.
Ela assentiu.
-A vários monstros aqui e muitos sabem voar... Mas se voarmos alto, talvez não nos vejam. Porque eles costumam ficar no chão.
A resposta me aliviou um pouco. Não queria ser atacado... Pelo menos não aqui, tão longe do chão.
  Voamos por algumas horas, o tédio aumentava, mas era rapidamente substituído por fascinação. Cada paisagem deslumbrante era de tirar o fôlego.
-Vamos pousar aqui. -Disse Victor. -O Grifo precisa descansar.
Pousamos suavemente entre as árvores. O Grifo logo adormeceu e nós fomos arrumar o almoço. Eu não estava com tanta fome, gostaria de saber a hora, mas meu relógio misteriosamente parou de funcionar. Estava eu batendo nele quando Annabelle se aproximou.
-Não adianta. -Disse. -Como é algo feito por humanos ele para de funcionar.
Ela se afastou novamente. O relógio era a minha única lembrança material de minha esposa, mas agora ele era inútil.
  Almoçamos. A comida era ótima, tinha um gosto diferente. Estávamos todos cansados da viagem e resolvemos cochilar, deitamo-nos perto do Grifo que continuava dormindo. Victor e Annabelle logo adormeceram, eu não conseguia. Olhei para meu relógio, levantei-me e andei silenciosamente até o rio que passava perto de onde estávamos. Tirei o relógio e arremessei-o na água, afundou lentamente. Voltei para o nosso ''acampamento'' improvisado e tentei dormir, devo ter levado uma meia hora, mas finalmente adormeci.


-Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Grifo Majestoso - Capítulo 5

  A noite chegava lentamente. O ar do lado de fora da casa era mais frio, até mais sombrio, com aquelas imensas florestas que nos rondavam, era impossível ver o que se escondia atrás delas. Victor parou e olhou para o telhado, segui seu olhar e não havia Grifo nenhum.
-Onde está o...
Victor assobiou interrompendo-me. De repente um barulho de asas podia ser ouvido, logo o som foi aumentando, até que um animal majestoso pousou ao lado de Victor. Fique boquiaberto, sempre gostei de assistir filmes onde havia Grifos, mas ver um pessoalmente era muito melhor. Uma criatura magnífica! Seu meio corpo de leão parecia brilhar, suas asas gigantescas eram lindas, sua cabeça era como uma águia, penas brancas, perfeitas. É difícil descrever tamanha beleza.
-Ele é fantástico! -Consegui dizer.
-Ganhei de meu pai. -Victor suspirou. -Um pouco antes de ele morrer.
Engoli em seco. Por que no Mundo de Hónory ninguém tinha família, sempre vinham com histórias trágicas. Pelo menos eu imaginava que a do pai de Victor fosse como a história da Annabelle. Tudo tão triste, em um mundo que parecia não ter defeitos.
-Eu... Sinto muito por isso.
-Tudo bem. Você não estava aqui quando aconteceu.
-Ah... Vamos arrumar as coisas para a viagem? -Decidi mudar de assunto.
Victor assentiu. Andou até a lateral da casa e pegou uma enorme sacola, parecia uma mochila, mas feita a mão.
-Aqui dentro tenho várias coisas. Como água, algumas flechas, adagas e tenho até uma espada. -Entregou-a para mim. -Use.
Peguei a lâmina. Eu não sabia como empunhar espadas.
-Olha, eu não...
-Eu ensino você! -Interrompeu-me.
Eu apenas assenti.
-Quando chegarmos à Cidade Universo pode comprar uma armadura para você. Já que vai ficar aqui, precisa se defender dos monstros.
Eu bufei.
-Por que todo mundo daqui sabe que ficarei para sempre?
-É evidente.
Victor amarrou a sacola no dorso do Grifo, mesmo assim ainda havia espaço para três pessoas.
-Por que é evidente? -Perguntei.
-Nunca nenhum humano esteve aqui, nunca um portal se abriu e nunca se abrirá de novo. Aposto que Annabelle já lhe disse isso.
Eu assenti.
-Mas também, se você está aqui é por causa do destino. Nada acontece por acaso.
Ele tinha razão. Nada acontece por acaso, isso me fez lembrar de Sandra, ela vivia dizendo isso. Gostaria de saber como está ela e minha filha, já devem estar em casa agora, achando que eu também ''as abandonei'', ou que fui comido por algum animal selvagem.
  Annabelle apareceu, carregando uma enorme sacola, entregou-a para Victor que a prendeu também no dorso do Grifo. O cheiro da comida era delicioso.
-Victor leve o Grifo para o porão, partiremos amanhã de manhã. Vamos comer e dormir aqui. É mais seguro. -Ela olhou para a entrada de sua casa. -Mesmo sem porta.
Todos nós rimos, era tão bom. Eu consegui fazer dois amigos em menos de um dia. Mesmo que os dois haviam tentado me matar.
-Vamos entrar Joseph, quanto mais cedo comermos, mais cedo podemos ir dormir e assim estaremos descansados para amanhã.
  Ajudei-a a arrumar a mesa, a comida era deliciosa, não sei bem o que era, mas não quis perguntar. Logo depois fomos dormir, Victor teve que dormir no chão, reclamou algo sobre ''humano inútil'', mas nem me importei. O que eu mais queria era dormir. Mesmo que a dor dos ferimentos atrapalhasse. Annabelle dissera que por serem causados por armas mágicas não curariam sem devidos remédios.
  Fechei os olhos e logo adormeci.


-Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

O Ataque Supresa - Capítulo 4

  Haviam se passado 10 minutos. Eu não aguentava mais ficar sozinho. A casa assustava-me, por ser tão silenciosa e vazia. O silêncio foi rompido com estalos no telhado. Levantei-me rapidamente, olhei em volta, não havia nada que eu pudesse usar para me defender... Além de uma vassoura. Peguei-a e fiquei pronto esperando. A janela ao meu lado explodiu, cacos de vidro atingiram meu rosto, logo uma gota de sangue escorreu. Silêncio novamente. Uma sombra projetou-se atrás de mim, virei-me e golpeei com a vassoura, o que obviamente foi inútil, uma espada brilhou contra a luz e cortou ao meio o cabo da vassoura. Corri para a sala onde havia as camas, pensei em pular da janela, mas aquele lado da casa dava para uma descida muito íngreme, morreria se pulasse. Olhei através da porta, esperando o inimigo aproximar-se, algo voou em minha direção e jogou-me novamente para o outro cômodo, caí sobre a cadeira, destruindo-a. Se o agressor não me matasse, concerteza Annabelle iria. Um estrondo veio da prateleira acima de minha cabeça, algo pesado caiu, desmaiei.
  Recuperei os sentidos, estava novamente amarrado, mas desta vez em uma cadeira, continuava na casa de Annabelle, o que era bom. O cômodo estava vazio, até que algo frio tocou meu pescoço, era a ponta de uma espada. O inimigo mostrou-se, seus olhos vermelhos brilhavam, apertava cada vez mais a espada em meu pescoço. Ele era alto, cabelos curtos, morenos. Vestia uma armadura completa, levemente esverdeada. Por suas orelhas pontudas como as de Annabelle deduzi que era um Elfo.
-Por que invadiu a casa de Annabelle? -Perguntou.
-E... Eu... -Gaguejei.
-Inútil! -O Elfo gritou. -Não sabe nem falar.
A porta voou sobre minha cabeça, Annabelle entrou gritando.
-Victor! O que pensa que está fazendo?
Ele pareceu surpreso, mas logo se recuperou.
-Annabelle! É bom ver você também! -Ele se aproximou dela e disse quase sussurrando. -Como sabia que eu estava aqui?
-Eu vi o seu Grifo ''estacionado'' no telhado de minha casa. -Ela olhou para mim. -Victor, solte imediatamente o Joseph.
Ele olhou para mim com fúria. Mas desamarrou-me. Annabelle correu até mim, parecia preocupada.
-Você está sangrando. -Ela olhou para sua prateleira, que jazia no chão. -Meus remédios foram todos quebrados com sua luta. Vamos precisar de algum Mago.
-Ah... Essa coisa pode se curar sozinho. -Victor disse.
Annabelle voou em direção ao Victor segurando-o pelo pescoço.
-Escute aqui! Aquela coisa tem nome, chama-se Joseph e ele é um humano. -Olhou para mim. -Não tem como se curar sozinho.
Largou Victor que caiu tossindo no chão. Ele olhou-me sem acreditar.
-Um humano. -Levantou-se. -Ha ha, sabia que existiam! Vou ganhar algumas moedas da Patty.
-Patty? -Perguntei.
-Ela é uma fabulosa Maga. -Respondeu-me Victor. -Apostamos algumas moedas. Essa aposta vale para sempre. Ela acha que humanos não existem, mas eu acho que sim e agora tenho a prova.
-Annabelle, você a conhece? -Perguntei.
-Sim! Ela pode ajudar a curar você. -Respondeu-me. -Você pode comer durante a viagem, só não sei como vamos para a Cidade Universo.
-Bem, bem. Que tal viajarmos com meu Grifo?
Annabelle e eu nos entreolhamos e juntos, assentimos.
-Vocês podem arrumar as coisas para a viagem. Enquanto eu preparo a comida.
-Perfeito! -Disse Victor. -Vamos cois... Joseph. Você nunca deve ter visto um Grifo né. 
-Não. -Respondi. -Somente por imagens.
Ele franziu o cenho e deu de ombros. Saiu e acenou para que eu o seguisse.


-Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A Moradia de Annabelle - Capítulo 3

  Descemos um caminho feito de pedras. Tudo era lindo. As árvores, as plantas e até os animais, que incrivelmente eram iguais ao ''Mundo dos Humanos''. De vez em quando era possível ver outras coisas, criaturas estranhas, eu tinha curiosidade em saber o que eram, mas Annabelle estava concentrada no caminho.
  Depois de uma longa caminhada, Annabelle parou. Apontando para uma pequena casa disse:
-Aquela é minha casa.
A cor era de um vermelho desbotado, o telhado feito de um material que não reconheci. Em volta da casa havia várias plantas e até um pequeno lago. Paramos em frente a casa e Annabelle logo entrou, convidando-me. Não contive a curiosidade.
-Você não tranca a casa?
-Por que trancaria?
-Bom... Não há ladrões aqui? -Só depois notei que a pergunta soava estúpida.
-Ah... Não! Somente trancamos quando estamos dentro de casa, pois quase todos nós aqui de Hónory temos algum inimigo. -Ela sorriu sarcástica. -Logo você terá um.
-Não, não. -Refleti. -Não acho que ficando algumas horas aqui posso me meter em encrenca.
O sorriso de Annabelle sumiu, ela baixou os olhos e ficou em silêncio por um instante.
-Você não vai para casa. -Disparou.
Franzi o cenho, não podia ser verdade.
-Está brincando? -Perguntei.
-Jamais brincaria com algo assim. -Ela suspirou. -Entre. Precisamos conversar.
A casa dentro não era muito diferente, havia alguns móveis, como mesa e cadeiras, até algo que parecia um sofá. Só havia duas salas, uma onde havia a maioria dos móveis e na outra somente duas camas encostadas nas paredes.
-Sente-se. -Disse puxando uma cadeira para mim. Sentou-se ao meu lado.
-Por que não vou para casa?
-Nunca, nenhum humano veio para Hónory. Nem sei como... -Ela franziu o cenho. -Como veio parar aqui?
-Encontrei uma caverna. Havia várias luzes coloridas que brilhavam na...
-Um portal. -Interrompeu-me. -Nunca um se abriu... Mas, bem que uma vez falaram para mim que um dia seria aberto um, mas quem entrasse, jamais sairia. Como uma... Profecia!
-Quer dizer que vou ficar aqui para sempre?
Ela assentiu.
-Não é tão ruim assim. Eu posso ajudar você a se acostumar. Vai gostar daqui.
-Eu já gosto, só que... Deixei minha esposa e uma filha para trás. -Expliquei.
Annabelle fitou o chão, uma lágrima rolou de seus olhos.
-O que foi? -Perguntei.
Ela me olhou profundamente nos olhos.
-Família. -Respondeu. -Minha mãe morreu quando eu nasci. Meu pai foi morto por um monstro e eu tinha uma irmã, Sara, mas ela desapareceu a mais de 50 anos.
Arregalei os olhos.
-Mais de 50 anos? -Perguntei. -Quantos anos você tem?
-250 anos. -Ela tentava não rir. -Você tem quantos?
-25 anos.
-Ah... Vocês humanos não chegam a 200 né. 
-Poucos passam de 100 anos. -Respondi. -Podemos mudar de assunto?
Ela riu e assentiu.
-Quer falar sobre o que?
-Bom... Tem alguma cidade aqui? -Novamente uma pergunta que soava estúpida.
-Tem sim! Várias. -Disse. -Mas a maior de todas elas é a Cidade Universo.
-Universo? -Perguntei.
-Sim, tem esse nome por ser a principal.
Ela olhou em direção ao ''quarto'' e depois voltou a me fitar.
-Como você terá que ficar em Hónory para sempre... Pode ficar aqui.
-É claro!
Levantamos-nos juntos. Peguei suas mãos.
-Você está sendo muito legal comigo. Obrigada. Mesmo tendo me atacado hoje.
Ela riu.
-Bem... Eu já volto, vou arrumar comida para você. Espere aqui.
Ela foi até a porta, virou-se e acenou. A porta bateu. Sentei-me novamente, não gostava de ficar sozinho em um lugar onde tudo pode acontecer.



-Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

Conhecendo o Mundo - Capítulo 2

  A vertigem tomou conta de mim. Fiquei o tempo todo com os olhos fechados, até que a luz cessou. Abri lentamente os olhos e fiquei boquiaberto. Imensos campos se abriam na minha frente, grandes e belas florestas, montanhas cobertas de neve surgiam no horizonte, um rio passava ao meu lado, caindo em uma gigantesca cachoeira. O sol esquentava minha pele, um belo céu azul, sem nenhuma nuvem. Era impossível existir isso tudo dentro de uma caverna, virei-me para voltar quando vi que não estava mais na caverna.
  Comecei a andar. Tudo era tão belo, mas assustadoramente silencioso. Um ruído nas árvores assustou-me. Olhei em volta, não havia nada. Continuei andando até que uma flecha passou zunindo por meu ouvido, espetando-se na árvore a minha frente. A flecha era dourada, brilhava diante do sol, mas não havia tempo para ficar parado admirando-a. Alguém estava me atacando. Corri rapidamente, em ziguezague, mais flechas passaram zunindo, até que cheguei à beira do precipício, sem saída, era difícil ouvir alguma coisa por causa da cachoeira que caia ao meu lado, virei-me, não havia nada atrás de mim. Até que de repente, algo acertou minha cabeça, desmaiei.
  Recuperei os sentidos, mas minha cabeça latejava, descobri que não era por causa da pancada, eu estava de ponta cabeça, alguém havia amarrado meus pés em uma árvore, estava lá eu, pendendo no precipício. O vento soprava, fazendo-me girar, o que aumentava a vertigem. Olhei para o lado, uma bela mulher estava parada me fitando. Tinha uma espada em sua bainha, um arco e uma aljava de flechas douradas estavam pendurados em suas costas. Ela havia me atacado. Parecia uma mulher normal, tinha longos cabelos loiros e lisos, sua pele radiava no sol, usava um longo vestido azul, mas algo chamou minha atenção, suas orelhas eram pontudas.
  Ficamos alguns minutos nos encarando. Eu não tinha certeza se ela podia falar, mas arrisquei.
-Ah... Quem é você?
Ela se aproximou de mim.
-Quem é você? -Perguntou. - Nunca vi nenhum ser parecido com você.
-Bom, eu... Sou um Humano.
Ela arregalou os olhos e se afastou.
-Humano? Achei que não existissem.
-Como assim? -Perguntei. -O que você é?

-Sou um Elfo. -Respondeu-me. -Nunca ouviu falar?
-Já ouvi. Mas achei que não existissem.
-Nossa... Mas, você tem nome? -Perguntou-me.
-Sim. Chamo-me Joseph. Ah... E o seu?
-Annabelle. -Respondeu sorrindo.
-Se não for incomodar, pode tirar-me daqui?
 Ela arregalou os olhos. Desembainhou sua espada e saltou cortando a corda.
Desamarrou as cordas que passavam em torno de meus tornozelos e pulsos. Ficamos os dois sentados no chão.
-Desculpe-me por te amarrado. Pensei que fosse uma ameaça.
-Está tudo bem. -Respondi. -Que lugar é esse?
-Hónory. É um mundo fantástico.
Levantou-se e ofereceu-me sua mão. Peguei-a para me levantar.
-Venha comigo. -Disse Annabelle. -Quero que conheça minha casa.
Eu assenti e a segui.



 -Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

O Início de Tudo - Capítulo 1

  Bem, devo-me apresentar. Meu nome é Joseph, antes de vir para o mundo mágico de Hónory, trabalhava em um Museu. Chegou o dia das férias de verão, decidi que eu, minha esposa Sandra e minha filha de 6 anos Michelle iríamos explorar uma floresta, claro que com a ajuda de pessoas experientes.
  Chegou o grande dia! Encontramos o guia na entrada da grande floresta, mal chegamos e ele logo foi se apresentando.
-Meu nome é João. Vou levar vocês para um belo passeio dentro desta floresta. Se tivermos sorte, vamos encontrar vários animais fascinantes! -Ele parou por um momento, parecia estar pensando. -Ah, mas é claro que todos os animais que existem no mundo são fascinantes. Eu já volto! Aguardem aqui.
Sandra fitou-me.
-Ele é maluco?
-Bom... E... Eu não sei! A única coisa que eu sei é...
-Precisamos aproveitar o passeio. -Interrompeu-me Sandra. -Você já falou isso em casa.
O guia João retornou sorrindo.
-Podemos ir agora. Estão preparados?
Sandra revirou os olhos, eu apenas assenti.
  Adentramos a floresta. Havia várias trilhas por onde podíamos seguir. Passaram-se 30 minutos, o silêncio era embaraçoso. Sandra acabou com o silêncio.
-Você é novato?
O guia parou e a fitou.
-Por que perguntou isso?
-Em todos os passeios em florestas que eu fui, o guia sempre fala que tipo de espécie é essa de pássaro. -Disse apontado para uma enorme ave de rapina. -Que tipo de plantas são essas... E você não disse absolutamente nada desde que entramos aqui.
Sandra bateu o pé no chão, folhas secas estalaram, ecoando pela floresta, que parecia mais silenciosa. O guia olhou para o seu relógio e gritou:
-Hora do lanche! Podem comer aí mesmo, eu já volto. -Ele seguiu por outra trilha e desapareceu.
Sandra olhou para mim e revirou os olhos.
-Não trouxemos comida. -Sentou-se no chão. -Ele nos abandonou aqui.
-Ele não nos abandonou, apenas...
-Apenas o que? -Ela gritou. -Foi dar umas ''voltas'' por aí.
Revirei os olhos.
-Vou procurar ele. -Virei-me para Michelle. -Fique aqui com a mamãe.
Ela apenas assentiu e sentou-se ao lado de Sandra. Eu fitei a trilha pela qual o guia havia passado. Era absurdo tentar segui-lo, mas fui mesmo assim.
O que evidentemente foi o meu maior erro.
  Andei durante 20 minutos. A floresta era mais fechada naquela parte, estava difícil de caminhar, até que tudo complicou, a trilha havia acabado, pensei em voltar, mas andei bastante até chegar ali, não ia voltar. O tempo parecia passar mais rápido, eu estava caminhando sozinho a mais de duas horas, estava completamente perdido.
  Cheguei a uma área mais aberta, tinha poucas árvores, elas pareciam ter sido magicamente substituídas por enormes rochas. Parei para ouvir, na esperança de que escutasse alguém me chamando. Nada. Continuei andando, até que avistei uma caverna, mas o que mais me chamou a atenção era um brilho que vinha dela. Corri até lá, parei na entrada. As cores mudavam de tons amarelos, para laranja, vermelho, azul, verde, dourado. Era magnífico!
Fechei os olhos e entrei  na caverna.


-Eu estou criando essas histórias, peço que não as copiem de mim, apenas com os devidos créditos. Jaqueline.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Como Um Diário...

Criei este blog para contar todas as minhas aventuras em um mundo mágico. Poucas pessoas acreditam que possam existir outras criaturas, outros seres...
Estou aqui há anos, mas preciso explicar a vocês, eu não nasci aqui. Vou contar como tudo começou...

Este blog será como um ''Diário''.